Aos perdidos, com amor - Brigid Kemmerer

 

Autora: Brigid Kemmerer
Avaliação: 5
Sinopse: Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte dela, continua escrevendo - e as deixa no cemitério. É a única coisa que tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma. Já Declan Murphy é o típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do passado. Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma desconhecida... exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos desconhecidos um do outro. Eles estudam na mesma escola, porém são tão diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir no universo particular das confidências. E isso pode separá-los ou uni-los para sempre.


Um pouco da história… 


“Há uma explosão de dor em cada palavra. O tipo de dor que faz você escrever cartas para alguém que nunca vai lê-las.”

Aos perdidos, com amor é um Young Adult que vai acompanhar a Juliet e o Declan em um dos momentos difíceis da vida dos dois. A narrativa é intercalada entre os dois personagens e te permite conhecer os dois lados da história.

A mãe da Juliet era uma fotojornalista muito famosa que passava a maior parte de sua vida viajando, fotografando acontecimentos importantes, e isso era o que dava sentido a vida dela. Por isso, Juliet criou o hábito de escrever cartas para a sua mãe, como um meio único de se comunicarem e se conectarem. Até que a mãe dela sofre um acidente e acaba falecendo. 

É nesse momento que o mundo dela desaba, ela se vê sem saber o que fazer com a própria vida. Meses se passam e Juliet passa  a ir constantemente ao cemitério onde sua mãe foi enterrada, e continua escrevendo cartas mesmo sabendo que elas nunca mais serão respondidas. 

Do outro lado nós conhecemos o Declan Murphy, ele segue bem o estilo encrenqueiro, de quem sempre esperamos o pior e não faz nada para mudar a opinião das pessoas em relação a isso. O Declan vive em um ambiente familiar nada agradável, e em um dia fatídico ele acaba cometendo um delito - algo que todos ao redor já esperavam - e precisa pagar por ele com serviços comunitários. E o local escolhido é o cemitério, o mesmo que a mãe da Juliet foi enterrada. 

É nesse serviço que um dia Declan acaba encontrando um carta sobre um túmulo, levado pela curiosidade ele a lê e acaba sentindo em seu âmago todos os sentimentos que aquelas palavras queriam transmitir, ele se conecta com elas. Na confusão de sentimentos daquele momento, Declan responde a carta. 

É a partir desse ponto que a história dos dois personagens se conecta e vamos conhecemos mais sobre cada um. São duas pessoas que enfrentaram muita coisa ao longo da vida e se sentem completamente perdidos. Após os primeiros momentos de raiva, sentidos pela Juliet, ao ter seu momento particular violado, eles passam a se comunicar, primeiro através das cartas e depois por emails. 


O que eu achei 


“Quando tudo ao seu redor está perdido, só há um caminho a seguir: para a frente!"
 
Essa história foi surpreendente!! 

Antes de iniciar esse livro eu sabia que seria uma história que ganharia meu coração, mas não imaginei com que intensidade isso iria acontecer. Acompanhar a construção da relação desses dois foi algo incrível e que me fez aprender um pouco com cada um deles. 

A dor da perda é um sentimento muito forte, e foi esse sentimento que os uniu. Mesmo sem terem a noção de quem eram, se apoiaram e tentaram entender as feridas um do outro. 

O Declan - apesar de me irritar algumas vezes - foi um personagem que me cativou muito! Toda essa pose de menino rebelde era só uma fachada, e tudo o que tem por baixo dessa mínima camada é tão profundo que faz você sentir um aperto no coração. 

No livro podemos ver as consequências de ter pais negligentes. 

Com a Juliet vemos como a morte de uma pessoa pode nos afastar de quem nos quer bem, como faz esquecermos dos nossos sonhos, e como a decepção pode te destruir tanto quanto perder alguém. 
 
Uma das coisas que mais gostei no livro foi que a autora soube criar personagens reais, com problemas reais e palpáveis, nada fantasioso. 

Aqui também tem um personagem secundário - Rev - que ganhou meu coração. Exemplo de melhor amigo! Só queria colocar ele em um potinho e guardar perto de mim.

A escrita da autora é viciante, a cada virar de páginas você só quer ler mais e mais, mergulhar na história e se agarrar aos sentimentos que cada palavra transmite. 

Foi uma das minhas melhores leituras desse ano e eu simplesmente amei!! Me sinto no dever de panfletar essa maravilha. 



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